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segunda-feira, 9 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
os arquétipos do intelecto, da lógica e da razão
Jack é o arquétipo do "observador" que vê e que, sem embaraços, aponta aos
outros aquilo que vê. É o arquétipo de um estado de ser de consciência mais
elevada, que já aponta para o seu destino, que possui senso de sentido e
direção, uma meta, que é o anseio de felicidade e liberdade.
Na cena ao lado, podemos ver estampado no casco do navio, os números entre 37 e 42, que apontam para um fértil período para a potencialização de um salto quântico da horizontalidade da matéria em direção a verticalidade do Ser.O número 40 é composto de 4 x 10 e simboliza a provação completa que corresponde a toda a responsabilidade do ser humano.
Mulher, porque choras? A quem buscas?" (João 20:15). Rose encarna aqui o arquétipo da Sophia, que não reconhece a presença do divino em si e no desconhecido, no estrangeiro de outra classe. Como Rose, temos que ultrapassar nossa desconfiança para podermos reconhecer e aceitar a ajuda que aponta para a Graça e ultrapassar os degraus da inconsciência.
Na cena ao lado, podemos ver estampado no casco do navio, os números entre 37 e 42, que apontam para um fértil período para a potencialização de um salto quântico da horizontalidade da matéria em direção a verticalidade do Ser.O número 40 é composto de 4 x 10 e simboliza a provação completa que corresponde a toda a responsabilidade do ser humano.
Segundo Jack Tresidder, em seu livro "O grande livro dos
símbolos", editado no Brasil pela Ediouro, o golfinho é a representação da
salvação, da transformação, da velocidade, do poder do mar, do amor - emblema de
Cristo como Salvador. O simbolismo do golfinho provém diretamente da natureza de
mamífero marinho amigo, brincalhão e inteligente.
As mitologias grega, cretense e etrusca, em que os golfinhos carregam deuses,
salvam heróis de se afogarem ou carregam almas para as Ilhas dos Abençoados,
influenciaram seu simbolismo cristão. Foi um atributo das divindades gregas
Poseidon (Netuno, na mitologia romana), Afrodite (Vênus), Eros (Cupido) e
Deméter (Ceres). Dizia-se que Dioniso (Baco) havia transformado marinheiro
bêbados e ímpios em golfinhos, e se transformou num deles para carregar
adoradores de golfinhos cretenses para seu santuário em Delfos. Como emblema do
Cristo sacrificado, o golfinho pode aparecer perfurado por um tridente ou com o
símbolo secretos da cruz de uma âncora. Entrelaçando uma âncora, o golfinho é
símbolo de prudência (velocidade refreada). Os herdeiros do trono francês eram
chamados de dauphins (delfins), mas sem o simbolismo do golfinho - era um nome
pessoal que se tornou título dos governantes da província da Dauphiné e que
passou para a coroa francesa do século XIV.
Bruce Ismay, proprietário do Titanic é outro arquétipo da personalidade
desvinculada de uma ética, totalmente alienada e envolta em cinismo e disfarçado
medo. É o arquétipo da personalidade emocionamente embriagada pela busca de
reconhecimento, prestígio e poder, que leva ao fatídico naufrágio do Ser.
Thomas Andrews foi o autor do projeto do que deveria ser o maior, o mais luxuoso
e mais seguro transatlântico de sua era. É o arquétipo da limitada sabedoria, da
lógica e razão humana. Quase sempre o veremos olhando para o relógio, que é a
representação da busca de lógica. Ele é o arquétipo do conjunto de estudos que
visam determinar os processos intelectuais que dão condição geral ao verdadeiro
conhecimento; é o idealismo absoluto que identifica a realidade com a razão.
Rose também encarna o
arquétipo do nosso estado de ser que não se submete as regras sociais, aos
convencionalismos de sua época. É a nossa dimensão feminina que anseia pelo
conhecimento do divino e que quebra o protocolo da busca de conhecimento,
reservado aos homens na representação do cigarro, caximbo e brandy.
Rose é a representação da nossa psique em busca da verdadeira sabedoria (Sophia)
e que olha com desdém para a escala de valores sociais. É a parte de nossa
psique que ousa diferenciar-se das palavras, costumes e desejos de seu meio,
para ter acesso à sua própria palavra, costume e desejo. Mais profundamente,
aderir à palavra e ao desejo do Ser dentro de si.
Nas cenas seguintes, teremos os arquétipos que representam os estágios da
experiência do "absurdo e da Graça". Esta cena retrata o primeiro
vislumbre, o primeiro contato com o estado de maravilhamento, de encantamento
causado pela Graça, contato este que quando ocorre transforma por completo a
visão de mundo de quem o vivencia. É o momento de fascínio diante da beleza do
momento mágico de contemplação divina. Como nos dizeres de Paul Brunton,
extraídos do livro "Idéias em Perspectivas", "Quanto mais o aspirante se
aproxima do Eu Superior, mais ativamente a Graça pode atuar nele. A razão disso
está na própria natureza da Graça, uma vez que ela nada mais é do que uma força
benigna que emana do Eu Superior. A graça sempre está presente, mas pela
predominância da natureza animal e do ego é impedida de chegar à percepção do
aspirante. Quando essa predominância é suficientemente demolida, a Graça entra
em ação cada vez mais freqüentemente, tanto através de Vislumbres como por
outros meios.
Tommy Ryan e Frabriccio representam o arquétipo da nossa natureza de
auto-boicote, de auto-engano, que nos impulsiona sempre ao sono, ao conformismo,
à estagnação, aquele lado que afirma "que não somos dignos de que a Graça entre
em nossa morada". É o arquétipo da personalidade que dorme, que não está atento,
que não se encontra em estado de vigia. No entanto, a personalidade expandida,
não dá ouvidos a influência estagnante, sente que algo maior, algo de um nível
mais elevado lhe tocou interiormente, e guarda este sentimento de forma
silenciosa, anônima; este é o arquétipo da experiência iniciática da Graça, do
despertar para a existência de sua Real Natureza, a qual, uma vez vivida,
torna-se incapaz de ser esquecida ou abandonada.
Esta cena retrata a experiência do absurdo, a experiência da instalação do fundo
de poço causado diante da constatação do profundo deserto espiritual presente em
nossa vida de relação. Este é um momento que, apesar de doloroso, é o mais
importante para que aconteça um "enamoramento iniciático" que aponta para a
busca de síntese. Nestas cenas, temos a representação de um estado de ser de
completa aflição, completo desespero, numa desesperada busca para por fim a
tamanho desespero diante da constatação de um modo vazio e sem sentido de ser. É
uma representação do total vazio interior e da necessidade de transpor este
vazio, a necessidade de aceitar a ausência — que às vezes é de pessoas, às vezes
de nós mesmos, quando nos sentimos sem amor, vazios de alegria, felicidade e
liberdade e, no entanto, existe uma passagem pelo vazio, pelo deserto. É
interessante observar sempre durante este filme, o posicionamento das luzes.
Mesmo nos momentos mais escuros, existe uma Luz sobre nossa mente, sobre nosso
ser em desespero, ainda que não possamos vê-la.
Aqui é o arquétipo da mulher que se inclina do lado de fora do túmulo de uma
existência sem vida e chora. Nesse momento de total escuridão, nosso lado
feminino precisa se inclinar e olhar de frente para seu próprio vazio. É no
coração do nosso vazio que escutamos a voz do anjo que é o intermediário entre o
mundo da Luz e o mundo da sombras que nesse momento atravessamos...
Mulher, porque choras? A quem buscas?" (João 20:15). Rose encarna aqui o arquétipo da Sophia, que não reconhece a presença do divino em si e no desconhecido, no estrangeiro de outra classe. Como Rose, temos que ultrapassar nossa desconfiança para podermos reconhecer e aceitar a ajuda que aponta para a Graça e ultrapassar os degraus da inconsciência.
Um texto que descreve bem esta cena, vem do livro Trabalhando com Alma, da Ed. Cultrix: "Todo
fracasso no enfrentamento de uma situação de vida deve ser creditado, em última
análise, a uma limitação de consciência". Todos nós precisamos examinar as
limitações que impomos a nós mesmos e que nos impedem de executar o trabalho de
nossa alma
Isso significa que não debateremos, às vezes de modo desajeitado, em situações
de crise, mas podemos aprender a "nos debater com bravura" e a procurar as
oportunidades que nossa alma oferece. Muitas das nossas responsabilidades
resultam das escolhas que fazemos na vida. Algumas delas são da nossa Real
Natureza e outras, da personalidade ilusória. Quando se trata de escolhas de
nossa Real Natureza, nos sentimos realizados e experimentamos a sensação de
termos tomado a decisão certa. As escolhas da personalidade ilusória são
mutáveis, de modo que o que satisfaz num determinado momento pode não satisfazer
tempos depois. Como abrigamos simultaneamente, Real Natureza e Personalidade
ilusória, nem sempre é fácil distinguirmos qual delas está falando conosco.
Esta cena nos mostra que nossos relacionamentos com os outros são essenciais em
nossa vida, e nós precisamos buscar formas criativas de satisfazer as
necessidades deles e também as nossas. Esta cena aponta para o fato da nossa
ilusão de separatividade. Lembra-nos de que vivemos uma interdependência, não
estamos sós, somos todos Um.
Estas cenas remetem as tentações do ego para nos distrair do processo que
nos leva ao encontro de nossa Real Natureza. É o arquétipo da tentação de
Cristo no Deserto. É a Passagem de cada um de nós pela Porta. Depois que a alma,
com o espírito mais apaziguado, volta “do seu Jordão” para o “deserto de seus
aposentos”, é tentada pelo Ego que lhe pede para que abra seu coração para ele,
numa tentativa de abortar seu processo de auto-conhecimento.
Mas a alma já pressente que os bens exteriores não substituirão jamais o bem
interior, que só é conquistado através da morte em cada plano de consciência
interior adquirida. “Tu, portanto, se me adorares, tudo isso será seu (Lucas
4:7)”. “Tendo então esgotado toda tentação possível, o diabo afastou-se
dele até o momento fixado (Lucas 4:12)”
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