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sábado, 31 de março de 2012
Distorção de Valores
Filhos do
Consumo, upload feito originalmente por NJRO.
Nossas crenças e valores são moldados
pela cultura. Embora exista uma base genética para certos atributos e
comportamentos humanos, os conhecimentos que possuímos e o modo como pensamos e
agimos de acordo com esse conhecimento é fundamentalmente um fenômeno
ambiental.
Tendo isso em mente, o sistema monetário
precisa de uma forma de comunicação para informar ao público do que uma
companhia disponibilizou à venda. Essa forma de comunicação é denominada
"propaganda". A característica da propaganda é a "promoção" e
promoção é uma maneira de comunicação, que, em geral, cria uma tendência em
favor do produto em questão.
Em outras palavras, a função da propaganda é
induzir. Ou em termos mais diretos, manipular o consumidor a comprar um produto.
Essa manipulação toma muitas formas, mas a mais
eficaz é a manipulação
e/ou exploração dos "valores" da audiência expectadora – o que ele ou
ela acham importante.
Entretanto, antes de prosseguirmos, é preciso
salientar que os padrões de consumo em massa atualmente vistos nos Estados
Unidos e em outros lugares nem sempre foram o caso.
A América foi originalmente fundada, até certo
ponto, numa espécie de ética protestante, onde a economia e a prosperidade eram
valores dominantes. Contudo, no início do século XX, um esforço concentrado da
comunidade de negócios começaram a distorcer essas noções e formar um
novo exército de
consumidores impulsivos, sempre insatisfeitos, cientes dos
status.
As agências de publicidade mudaram de um foco
utilitário para esse calibrado para o apelo emocional e status. Em conseqüência,
hoje o americano padrão consome duas vezes mais do que consumia desde
o fim da Segunda Guerra Mundial.
Uma das mais poderosas formas de "manipulação de valores"
vem da reassociação da identidade de uma pessoa a um ideal específico. O
patriotismo e a religião são exemplos clássicos, uma vez que através da
doutrinação na infância/juventude, a pessoa é geralmente condicionada a sentir
uma íntima conexão pessoal a um país ou religião, condicionando assim essa
pessoa a querer apoiar as doutrinas, incondicionalmente.
Outro exemplo disso é o conceito de "moda". A moda toma
muitas formas, de roupas que as pessoas usam a ideologias que elas propagam.
Para ilustrar o quão bem sucedido a indústria comercial se tronou em manipular
os valores dos seres humanos para ganho próprio, muitas pessoas podem hoje serem
vistas andando por aí vestindo certos artigos comerciais, apenas pelo propósito
de expor a marca da companhia, projetando algum tipo de status social
aparente ou "expressão estilizada" delas.
A assinatura camisas "Tommy Hilfiger", a marca
comercial de bolsas "Prada" e os reluzentes relógios "Rolex" são exemplos de
produtos onde a utilidade ou função de um item perdeu a relevância
completamente, sendo a importância agora originada do que o item
"representa".
Infelizmente, o que essas pessoas não
compreendem é que elas nada mais são do que propagandas ambulantes das respectivas
companhias, tão-somente.
O "status" ou "expressão" de fato existe
inteiramente nas condicionadas "projeções de valores" dessa pessoa, e se pessoas
o bastante são manipuladas do mesmo modo, surge uma "tendência", que reforça
mais ainda a ilusão via identificação coletiva. Essas tendências podem se tornar
tão poderosas, que aqueles que não aderem à mania podem ser excluídos.
Vaidade à parte, devemos também examinar os
valores distorcidos criados na forma de mentalidades e visões de mundo. Essa
constante necessidade de interesse próprio normalmente se espalha como um câncer
dentro outras áreas psicológicas, criando e reforçando neuroses como "ganância", "inveja" e
"ego".
O MOVIMENTO ZEITGEIST
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